terça-feira, 21 de maio de 2013

O retorno da alma

1h da manhã. Marcava o relógio.
Olhos parados, boca seca e respiração acelerada.
Quem estava ali?
Sentia uma presença quase inigualável.
Fechei os olhos, pensei que fosse sonho ou pesadelo.
Não sabia ao certo, se o cheiro era bom ou ruim,
nem sabia se havia cheiro.
Senti o vento, um sopro com calor humano.
Meu corpo ficou trêmulo em meio segundo,
olhei como uma criança com medo do escuro.
Imaginei centenas de monstros, fadas, bruxas malvadas.
Minha incerteza pedia que não abrisse os olhos.
Não resisti. A curiosidade foi intensa, olhei para todos os lados,
Então vi você, depois de esperar tanto tempo,
Queria realmente acordar, tocar seu rosto, sentir a verdade estampada em meu quarto,
Simplesmente, a última vez, nos despedimos sem dizer adeus.
Senti o vazio que o intervalo dos anos construíram entre nossos corpos.
Senti que nossos destinos tinham rumos diferentes.
Senti que nossa boca não se encaixava como antes.
Senti que nossas mãos não buscaram uma a outra.
Mas senti, que os nossos olhos entravam na sintona dos velhos tempos,
Era a sintonia das almas,
Foi assim que você desapareceu, sua alma retornou e novamente nos desencontramos.



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